Reciclemos!

2006/02/13

A minha experiência com o Expresso (e com a Opus Dei)

Vi no Clube de Jornalistas a seguinte informação:
"O Millennium-BCP é o principal accionista do semanário cujo lançamento José António Saraiva está a preparar.
O banco pôs à disposição do ex-director do «Expresso» e de um pequeno grupo de colaboradores, entre os quais José António Lima, um espaço provisório num dos seus edifícios.
O BCP tem sido, geralmente, conotado com o Opus Dei e há quem sugira que o lançamento do semanário poderá representar um salto significativo na relação da «Obra» com os media."

A notícia prossegue, referindo os planos da Opus Dei para a comunicação social brasileira. Seguindo os links indicados, chegamos a algumas pessoas e entidades empenhadas em aumentar a influência da «Obra». Entre elas está a consultora Innovation, que de imediato reconheci, pois recebi formação da mesma em 1999, num curso para descoberta de Novos Valores na área do jornalismo promovido pelo semanário Expresso, então dirigido por José António Saraiva.

A par da informação que foi avançada pelo Clube de Jornalistas, este dado poderá contribuir para fortalecer a teoria de eventuais ligações de José António Saraiva à Opus Dei.
Em princípio, essas ligações nada têm de mal. Cada qual é livre de escolher a quem se associa e de tentar difundir os valores que defende através de um meio de comunicação.

De tudo isto, só há uma coisa que me deixa com a pulga atrás da orelha: porque é que há tanto secretismo em torno de entidades como a Opus Dei?
Ou seja, porque é que só 7 anos depois é que fiquei a saber - quase por mero acaso - que estive num curso ministrado por uma consultora directamente ligada à Opus Dei? Não podiam ter aberto logo o jogo?
E porque é que ainda hoje me lembro claramente da frase "La mamá tiene siempre razón...", que foi repetida até à exaustão nessa formação dada pela Innovation a estudantes que aspiravam a ser jornalistas do Expresso?

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