Reciclemos!

2006/02/25

Lutas virtuais

Como o Frederico não me respondeu ao desafio das manias (pelo menos não totalmente, apenas indicou que tinha uma mania: não responder a este tipo de desafios), decidi entrar numa luta virtual com ele... mas sem ele saber.
Ganhei o primeiro round, a que assisti hoje, mas com a informação polémica que ele anda a publicar no site, estou bem desconfiado que as referências a ele vão subir e que, daqui a uns tempos, ainda vou ser eu a levar uma coça... ;-)

2006/02/19

A memória de Gaspar Castelo-Branco e o ICS

Motivado pela entrada "Gaspar Castelo-Branco - foi decidido esquecê-lo", publicada n'O Acidental, decidi fazer uma busca na Internet por "Gaspar Castelo-Branco", tendo reparado que, entre os registos do Google, havia um que apontava para o site do Instituto da Comunicação Social.

Seguir o link directamente não deu resultado, mas vi pelo texto de amostra dado que a página catalogada pelo Google continha uma referência a "Sempre (Trimestral)".

Conhecendo a base de dados do ICS, percebi que era o nome de uma publicação que ali estava registada e pensei que o erro no link se devia ao facto de o registo já lá não estar. Porém, ainda assim, fui confirmar.

Dirigi-me à base de dados de registos do ICS e introduzi "Gaspar Castelo Branco" (sem as aspas) no campo "Palavra".
E lá estava então, 20 anos depois da sua morte, Gaspar Castelo-Branco como director da "Sempre", uma publicação trimestral propriedade do Ministério da Justiça - Estabelecimento Prisional de Lisboa...

Desconheço se a "Sempre" ainda existe, mas tenho a certeza que Gaspar Castelo-Branco já não é o seu director há, pelo menos, 20 anos, dado que foi assassinado a 15 de Fevereiro de 1986, no exercício das suas funções de Director-Geral dos Serviços Prisionais.

Infelizmente, esta curiosidade ajuda a comprovar a ideia de que este antigo funcionário do Estado está realmente esquecido, além de contribuir igualmente para avivar a minha ideia de que o serviço de manutenção dos registos de publicações periódicas do ICS podia funcionar melhor do que funciona... mas isso é matéria para outro post ou para outro e-mail de reclamação.

2006/02/16

Cinco manias

Desafiado pelo Octávio Lima, do Ondas3, aqui vou eu enumerar cinco manias que tenho e que me diferenciam, supostamente, do comum dos mortais.

1- meter-me em projectos demais e esfalfar-me para que todos corram bem
2- abraçar causas perdidas ou com poucas hipóteses de êxito
3- ter ideias a toda a hora
4- fazer sabão a partir de óleo alimentar usado
5- ser vegetariano (há quem o considere mania, mas para mim é uma questão de opção pessoal muito consciente)

E pronto. Agora vou passar a responsabilidade de dar continuidade a este desafio ao David, do Songo's Place, ao Pedro, do /var/log, ao Rui, do Pai em Casa, ao Frederico, do Para Mim Tanto Faz, e ao Luís Carloto Marques, do A Cidade e as Serras.

Lembrem-se das regras: cada bloguista convidad@ terá de enumerar cinco manias, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outr@s bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, se possível, deixando nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Será conveniente cada participante reproduzir este "regulamento" no seu blogue.

2006/02/14

Publicidade indesejada - parte 2

Hoje voltei a receber uma carta da Art Gallery.
Como só passou uma semana desde que lhes enviei o pedido para que me retirassem da base de dados, decidi não fazer ondas. Afinal, a carta poderia já estar no correio quando lá receberam o meu pedido.

No entanto, nesta carta reparei que a empresa em causa faz parte da AMD - Associação Portuguesa de Marketing Directo, pelo que tentei saber mais informações sobre esta última.
Dessa busca resultou uma informação que penso ser de interesse público, pelo que aqui a partilho.

Quem não quiser ser incomodado por telemarketing, pode enviar uma carta à AMD a solicitar a sua colocação numa lista de oposição a essa forma de publicidade. Basta preencher esta minuta, explicando qual a razão por que não quer ser contactado dessa forma.

2006/02/13

A minha experiência com o Expresso (e com a Opus Dei)

Vi no Clube de Jornalistas a seguinte informação:
"O Millennium-BCP é o principal accionista do semanário cujo lançamento José António Saraiva está a preparar.
O banco pôs à disposição do ex-director do «Expresso» e de um pequeno grupo de colaboradores, entre os quais José António Lima, um espaço provisório num dos seus edifícios.
O BCP tem sido, geralmente, conotado com o Opus Dei e há quem sugira que o lançamento do semanário poderá representar um salto significativo na relação da «Obra» com os media."

A notícia prossegue, referindo os planos da Opus Dei para a comunicação social brasileira. Seguindo os links indicados, chegamos a algumas pessoas e entidades empenhadas em aumentar a influência da «Obra». Entre elas está a consultora Innovation, que de imediato reconheci, pois recebi formação da mesma em 1999, num curso para descoberta de Novos Valores na área do jornalismo promovido pelo semanário Expresso, então dirigido por José António Saraiva.

A par da informação que foi avançada pelo Clube de Jornalistas, este dado poderá contribuir para fortalecer a teoria de eventuais ligações de José António Saraiva à Opus Dei.
Em princípio, essas ligações nada têm de mal. Cada qual é livre de escolher a quem se associa e de tentar difundir os valores que defende através de um meio de comunicação.

De tudo isto, só há uma coisa que me deixa com a pulga atrás da orelha: porque é que há tanto secretismo em torno de entidades como a Opus Dei?
Ou seja, porque é que só 7 anos depois é que fiquei a saber - quase por mero acaso - que estive num curso ministrado por uma consultora directamente ligada à Opus Dei? Não podiam ter aberto logo o jogo?
E porque é que ainda hoje me lembro claramente da frase "La mamá tiene siempre razón...", que foi repetida até à exaustão nessa formação dada pela Innovation a estudantes que aspiravam a ser jornalistas do Expresso?

2006/02/05

Publicidade indesejada

Eu até costumo tolerar bem a publicidade que não me interessa. Contudo, como toda a gente, tenho limites.

Neste caso foram limites éticos que têm tudo a ver com uma carta que me chegou a casa, enviada por uma empresa chamada Art Gallery, que pertence ao grupo Ediclube, sediado no concelho da Amadora. Queriam chamar-me a atenção para os "Sonhos de Vison", uns casacos de pele praticamente até aos pés, feitos só à base de dorsos de visons fêmea, e que supostamente encantariam qualquer mulher...

Para quem não sabe, as fêmeas de vison têm cerca de meio metro. Ora, quantas terão sido mortas para fazer cada casaco daquele tamanho, já que se usaram apenas os dorsos?

Está claro que enviei prontamente a carta de reclamação que reproduzo abaixo, uma vez que não pretendo ter qualquer tipo de relação com uma empresa que cede a este tipo de modas.


Exmos. Senhores:

Recebi hoje em minha casa uma publicidade vossa ao casaco Sonhos de Vison. Não tenciono perder tempo a explicar o quanto me repugnou, uma vez que sou absolutamente contra o uso de peles.

A única coisa que um casaco daquele género poderá fazer sobressair numa mulher – “moderna ou clássica, jovem ou mais velha”, para usar os vossos termos – não é a beleza ou a distinção, mas antes a futilidade e a total ausência de consciência.

Uma vez que não tenho qualquer interesse em continuar a receber informações (publicitárias ou de outra natureza) de uma empresa que prefere embarcar em modas a manter valores éticos que não variam com as tendências momentâneas, venho solicitar - ao abrigo da Lei da Protecção de Dados Pessoais (Lei nº 67/98 de 26 de Outubro) - que não voltem a utilizar os meus contactos e os retirem imediatamente da base de dados.

Agradeço a atenção,

Luís Humberto Teixeira